25.11.06

Of meetings (part II)

"hi..."
"hi..."
"..."
"..."
"..."
"..."
"..."
"well, I've made a whole speech for this moment, but I think I'd rather just kiss you..."
and that's how it all started.

Nov.25th.2006

23.11.06

Of meetings (part I)

"hm, someone gave your flowers, huh? I mean, flower."
"er, yes.. you know when people say 'who doesn't want to be given flowers'? well, i don't. but i think be given one flower is very sweet."
"i see... so, i guess someone knew about this thing of yours, right?'
"oh, no. actually, I am giving someone flowers.. flower"
"is it a boy or a girl?"
"er, a girl, actually.. you think she'll like it?"
"well, as you said, who doesn't want to be given flowers? or flower, whatever. why are you giving her flower for? is it an aniversary?"
"oh, no. I just thought that if I gave her a flower she would tell me her name..."
"sorry?.."
"well, there's this girl I always catch the bus with, and she is cute, she seems smart, dresses well.. and I want to ask her out, but I guessed I needed to know her name first..."
"and you think she'd go out with you?"
"if not, at least I get to know her name. and later on I might try to talk her into this thing of going out with me."
"I see...and when do you intend to give her the flower?"
"well.. i didn't figure that out yet.. when do you think it'd be a good time?"
"I guess now, 'cause I'm taking off at the next stop."
"alright. I mean.. I, I'm Brenda Blume."
"Catherine Silver, nice to meet you. Is Friday night ok for you?"
"should I pick you up at 8pm?"
"great. here is my card, give me a call and I'll give you my address. see you"
"bye bye! have a good day", and when she got off the bus, "YEEES!"

Nov.12th.2006

8.11.06

nanniland e interpretações

em nanniland se anda a pé, e bem devagar, por isso a estadia é sempre por tempo indeterminado. nanniland oferece todos os ingredientes para uma estadia confortável e agradável, mas é você quem vai utiliza-los da maneira que preferir (e isso inclui reparar o almoço, pois em nanniland o café da manhã vem pronto na cama). nanniland ainda não pode ser considerada grande, mas está em constante expansão, portanto é necessário ficar atento, mas não muito, pois o sistema de comunicação em nanniland é vasto/variado e eficiente e através de boletins frequentes você fica por dentro do que se passa e pode acompanhar tudo em tempo real. mas se mesmo assim você se perder em nannilad, não se preocupe, pois o lugar não é perigoso. os campos são planos e as estradas são retas. as florestas são um pouco tortuosas e as montanhas são íngremes, como deve ser, mas tudo é perfeitamente superável e transponível. o sol não é tão forte e sempre chove no fim da tarde. tem brisa o dia todo. as temperaturas são imprevisíveis e não se tem resgistro de terremotos ou furações, apenas abalos sísmicos em escala reduzidíssima e com frequência rara.

nanniland é um caminho sem volta. quando você chegar lá, tire os sapatos, pendure o casaco, pegue sua xícara de café e fique à vontade - mas não muito. só conhece nanniland quem consegue se perder por lá e superar o medo disso. em nanniland ficam os mais belos pôr-de-sol que se pode encontrar, mas é preciso primeiro encontrar onde o sol se põe. a lua vista de lá é algo indescritível - e, se por acaso alguém tentar descrevê-la, o feitiço se quebra e as noites voltam a ser como fora de lá. os antigos dizem que nanniland é mais longe do que se imagina. os jovens acreditam que às vezes chove bocejos em nanniland.
quem vai a nanniland nunca volta. e, se voltar, vai querer nanniland de volta.
nanniland é uma terra autocrata, livre, quase desorganizada - e, na coerente incoerência dessa terra, é um lugar muito bem governado, muito bem organizado, limitadamente ilimitado e ilimitadamente limitado. é um lugar lindo e que vale muito a pena conhecer. o visto é um pouco difícil de conseguir, mas uma vez que se consegue, a estadia permanente é possível.
os vôos para nanniland são diários, com saída à hora que você quiser, com embarque no portão da saudade, no aeroporto vinícius de moraes. a taxa de embarque é uma flor, uma lata de leite condensado e um pino - pro caso de se querer bater, coisa nunca se vai.
nanniland já foi cantada por elis regina, the cure e filipe speck, entre outros. notícia constante nos jornais ensonados nas madrugadas. o lugar é um poço de cultura - no qual muitas vezes você não quer ir tão fundo.
em nanniland se anda a pé, bem devagar e com brilho nos olhos.

Primeira parte por nanni
Nov.8th.2006

Caos no Céu

Aconteceu da noite pro dia. De repente, todas as vias do país estavam em perfeito estado, os ônibus todos fiscalizados e de acordo com os padrões, os carros não se envolviam mais em acidentes, os deficientes físicos tinham plenas condições de circular pelas ruas, as calçadas eram intropeçáveis.
Os portos também, de súbito, eram capazes de lidar com toda a demanda, os trabalhadores eram suficientes e bem pagos, não havia desastres ecológicos e também no mar os acidentes inexistiam.
Os trens não foram diferentes; mesmo poucos no país, os trens estavam tão perfeitos como nunca foram, trilhos em perfeitas condições, lotação no limite do razoável, horários para todas as gentes, preços acessíveis.
É claro que diante de tantos fatos estranhos - mas convenientemente perfeitos -, restou aos jornais falar sobre os inúmeros, irreparáveis, inconcebíveis problemas do tráfego aéreo brasileiro.
Não é nada contra o tráfego aéreo. Mas também não é como se o resto dos problemas do país tivesse desaparecido.
Eu me demito.
Nov.6th.2006