25.2.04

(sem título 15)

Às vezes eu penso em algumas coisas que só fazem me confundir. As coisas não têm muito nexo, e procura-lo me cansa. E tantas coisas ´ra se preocupar que eu fico sem saber o priorizar, eu fico sem saber em que(m) acreditar. E tenho vontades estranhas que quase me dominam, até o instante em que uma gota de consciência [?] dilui essas rubras idéias num líquido róseo e inodoro.
Insípidos, os dias seguem sem grandes diferenças, ou não. Mas são tantas as coisas estranhas (diferentes?) que acontecem que os concertos se fundem negros e plúmbeos no passar pelos neurônios.
Tic-tac, será ou relógio? Ou será o compasso do meu coração? Quem sabe dos meus pensamentos? Plug, será essa mais uma gota? E esse barulho, plac, plac, plac, será a chuva no vidro, ou será meu inodoro líquido cor-de-rosa pingando no vazio do meu corpo?
Cheio de idéias, mas vazio, quem explica? Pra não dizer vazio, tenho medo, tenho desejo, tenho tesão, tenho amigos. E que preciso eu, então, além disso? Se sinto falta de algo, deve haver mais, mas mais é sempre o que se deseja.
Te desejo.

28/Fev/2003