25.2.04

(sem título 16)

É quase dizer que o céu é verde: é quase impossível de se acreditar. Mas talvez seja melhor tentar algo assim do que constatar uma verdade triste demais. Priorizo a verdade mas.. ah!, como às vezes isso me corta!
É provável que eu me ache, secretamente, um fracasso em todas as áreas, mas pensar a respeito não leva a lugar nenhum e nem tampouco reverte a situação. So, me resta pouco, ou nada, além de esquecer o fato.
Mas há horas em várias feridas são novamente abertas e isso causa-me tamanha angústia!, sem motivos, maybe.
A única coisa que eu entendo nessas horas é que fechar os olhos tem um ‘efeito morfina’ sobre mim. E um manto negro encobre minha [?] triste [?] realidade [?] de modo fantás-tico-magórico. E sei que minhas mãos tremem e se contorcem, acompanhando o ritmo frenético do meu coração. E sei que meus olhos vagueiam suplicantes a espera de um horizonte apaziguador.
Então, concluo inconclusivamente que não sei o que me dá, não sei que emplasto me cura, não sei se e/ou como isso me afeta. E não me importo.
Só gostaria de poder realizar alguns sonhos, fazer algumas coisas, dizer outras. Mas.. e me faltam palavras.
As coisas são, não dizem. As coisas dizem, não são. Eu não sei. Eu sou? Eu digo? É tudo tão estranho que já é normal.. tudo normalmente estranho.
Normalmente estranho..

05/Mar/2003